Botafogo perde para o Resende e acaba eliminado da Taça Guanabara

Daniel Castelo Branco

Rio - Poucas vezes em sua história, de um pouco mais de dez anos, o Estádio Nilton Santos viu tanta pobreza em um jogo de futebol, capaz de até mesmo envergonhar o eterno ídolo alvinegro que dá seu nome ao local. A derrota do Botafogo por 1 a 0 para o Resende enterrou de vez as chances de classificação para a semifinal da Taça GB e escreve este time na história como um dos piores de todos os tempos em início de temporada: em quatro jogos são três derrotas e um empate.

O primeiro tempo começou morno. Talvez aplacados pelo forte calor do verão carioca, os jogadores se poupavam. O Botafogo virava a bola de um lado para o outro, mas sem ser incisivo e tinha dificuldade para desarmar a defesa do Resende. A primeira boa — é única — chance do Botafogo veio aos 14, quando Alex Santana lançou Erik, que rolou na medida para Luiz Fernando bater e Ranule espalmar.

Os alvinegros apostavam nas jogadas de Erik e Marcinho pela direita, mas nem sempre os atacantes apareciam na área. Na parada técnica, Zé Ricardo ainda inverteu os lados de Luiz Fernando e Erik, mas sem efeito prático. Aos 35, o Resende armou contra-ataque, com três atacantes contra dois botafoguenses, e Arthur Faria explodiu o travessão de Gatito Fernández. A torcida perdeu a paciência e não segurou as vaias. E elas aumentaram aos 41, quando Joseph recuou errado para o goleiro, mas Luiz Fernando isolou a bola por cima do gol.

"O Resende joga bem fechado, nós já sabíamos. Tivemos algumas chances, vamos ver o que o Zé Ricardo vai falar", disse Luiz Fernando ao sair de campo no intervalo, debaixo de uma chuva de vaias e palavrões vindas dos poucos torcedores presentes.

Para tentar mudar o quadro, Zé Ricardo mandou a campo Gustavo Ferrareis no lugar do volante Alan Santos para dar mais agressividade ao time. Ferrareis mostrou-se um pouco mais dedicado, arriscou dois bons chutes e chegou a ter o nome gritado pela torcida. O volume de ataque aumentou, mas a desorganização tática era visível. Aos 24, em um bom cruzamento de Gílson, Kieza cabeceou à queima-roupa e Ranule defendeu com o pé.

No minuto seguinte, a pá de cal. E com requinte de crueldade. Maxwell pegou a bola antes da linha do meio do campo, avançou sem ser pressionado e acertou uma bomba sem chances para Gatito. Vaias, gritos de "time sem-vergonha", palavrões, desespero.

A correria aumentou, a desorganização mais ainda e os últimos minutos foram lastimáveis, com o Resende ainda achando alguns contra-ataques. Esta foi, senão, a mais noite triste do Nilton Santos.

Fonte: O Dia/Flavio Almeida

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