Brasil x República Tcheca: entenda por que Tite muda defesa e mantém ataque que não rende

Foto: Pedro Martins / MoWA Press

Depois da Copa do Mundo, a defesa brasileira sofreu apenas um gol em seis jogos e o ataque ainda não engrenou, com exceção da goleada por 5 a 0 sobre El Salvador. Mas para o amistoso desta terça-feira, contra a República Tcheca, em Praga, Tite mudou completamente o setor defensivo e manteve o ataque que naufragou diante do Panamá.

Por que mexer na defesa se o ataque não funciona?

O planejamento de Tite tem respostas. E, diga-se de passagem, já estava montado desde antes da má atuação de sábado e, portanto, não teve influência do resultado.

É mais fácil fazer substituições, durante a partida, no setor ofensivo do que no defensivo. Tite citou o amistoso contra Camarões, em novembro passado, quando preferiu não colocar Dedé, frio, para não prejudicar o zagueiro.

– Quando o erro acontece no campo de ataque, ele se dilui até chegar à defesa. É diferente.

Dessa forma, ele pode usar mais jogadores ofensivos ao longo dos amistosos e preservar a formação da defesa intacta. Com exceção do goleiro Weverton, todos terão entrado em campo ao fim da data Fifa: os dois goleiros principais (Alisson e Ederson), os laterais (Danilo, Fagner, Alex Sandro e Alex Telles) e os zagueiros (Marquinhos, Thiago Silva, Militão e Miranda).

Quem ainda não jogou, entre os atacantes, foi David Neres, Há a expectativa que ele possa entrar no segundo tempo diante dos tchecos, mas a comissão técnica já deixou claro que a situação do jogo é que vai definir as substituições.

– A circunstância faz com que a gente oportunize – disse Tite.

O entrosamento, tão falado nesses últimos dias, também pesa. É coerente, na visão da comissão, permitir que Paquetá, Coutinho, Richarlison e Firmino tenham mais tempo juntos. Dessa vez, porém, o auxílio no meio-campo será de um jogador diferente: Allan, substituto de Arthur.

– O Allan tem agressividade maior; Arthur tem posse e passe de infiltração melhores – resumiu Casemiro, capitão que estará logo atrás para dar suporte à linha defensiva e iniciar a construção ofensiva.

Imagem: GloboEsporte.com


Além de tudo, há um detalhe técnico e tático. Tite e seus auxiliares veem uma saída de bola mais qualificada com Marquinhos e Thiago Silva na zaga do que com Militão e Miranda. Os passes dos defensores do PSG são mais verticais e encontram meio-campistas entre as linhas de marcação, o que acelera a transição da defesa para o ataque.

Ou seja, é possível que uma mudança na zaga turbine a produção ofensiva.

Tudo isso será analisado, individual e coletivamente, com muitíssima atenção por Tite, que daqui a menos de dois meses terá de anunciar 23 jogadores para disputar o título da Copa América dentro de casa.

Fonte: Globoesporte.com / Alexandre Lozetti

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