Diplomata teria sido impedido de testemunhar na investigação contra Trump

Foto: Andrew Caballero-Reynolds / AFP

O governo de Donald Trump impediu seu embaixador da União Europeia de testemunhar na investigação de julgamento político contra o presidente conduzida pelos democratas no Congresso - afirmou o advogado do diplomata nesta terça-feira (8).

"No início desta manhã, o Departamento de Estado americano ordenou que o embaixador Gordon Sondland não comparecesse para seu depoimento agendado no Comitê Conjunto da Câmara dos Representantes", disse o advogado Robert Luskin, acrescentando que o diplomata viajou de Bruxelas especialmente para este compromisso.

O advogado destacou que seu cliente aceitou, voluntariamente, dar seu depoimento.

"O embaixador Sondland espera que se resolvam rapidamente os problemas colocados pelo Departamento de Estado, que impedem seu testemunho. Ele está pronto para testemunhar, desde que seja permitido", completou.

Trump defendeu sua decisão de bloquear a ida de Gordon Sondland ao Congresso, classificando o procedimento de "circo armado".

Gostaria de mandar o embaixador Sondland, um homem realmente bom e um grande americano, para que dê seu testemunho, mas, infelizmente, estaria testemunhando diante de um circo armado totalmente parcial", tuitou.

O bloqueio, apenas algumas horas antes de Sondland comparecer à Câmara, intensifica a confrontação entre a Casa Branca e os congressistas democratas. Seus opositores na Casa investigam o presidente Trump por crimes que poderiam levar a seu impeachment, como a obstrução da Justiça.

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes, Adam Schiff, um dos democratas à frente da investigação, disse à imprensa que "o fato de não apresentar esta testemunha" traz "provas ainda mais contundentes de obstrução das funções constitucionais do Congresso".

Um rico empresário do setor hoteleiro e importante doador da campanha e da cerimônia de posse de Trump, Sondland está envolvido em uma cadeia de mensagens de texto entregue ao Congresso na semana passada pelo ex-enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia Kurt Volker.

As conversas entre ambos, Volker e Sondland, o advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, e um assistente da Presidência ucraniana expuseram os esforços do governo Trump para pressionar Kiev a investigar o ex-vice-presidente Joe Biden e seu filho Hunter por suspeita de corrupção ligada com a Ucrânia.

Nas mensagens, discute-se uma eventual reunião na Casa Branca entre Trump e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em troca de investigar possíveis irregularidades dos Biden.

"Sabemos que o embaixador Sondland foi um ator-chave no esforço para obter o compromisso da Ucrânia de investigar uma teoria conspiratória falaciosa em relação às eleições (presidenciais) de 2016, assim como a Joe Biden e seu filho", declarou Schiff.

Fonte: AFP

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