Um estudante de doutorado confessou ter drogado, amarrado e abusado sexualmente de três mulheres.
Diz-se também que Sizhe Weng, de 30 anos, tirou fotos perturbadoras de seus corpos inconscientes durante uma série de ataques que duraram vários anos.
De acordo com uma moção apresentada pelo Ministério Público do Condado de Los Angeles, o cidadão chinês é acusado de sedar secretamente as mulheres com comprimidos esmagados e sedativos de qualidade médica entre 2021 e 2024.
Os investigadores dizem que Weng, que recentemente obteve um doutorado em engenharia elétrica pela USC, misturou drogas na comida e nas bebidas de suas vítimas antes de injetar-lhes o sedativo midazolam usando seringas e tubos inseridos no ânus.
Diz-se que ele amarrou as mulheres com tiras de couro, as agrediu sexualmente e fotografou seus corpos em posições “sexualmente explícitas”.
De acordo com uma moção apresentada pela promotora assistente Catherine Mariano, Weng descreveu as agressões em “todos os detalhes” aos policiais de Los Angeles após sua prisão em 28 de agosto.
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A polícia disse suspeitar de vítimas adicionais.
O vice-chefe do LAPD, Alan Hamilton, disse aos repórteres: “Com base na investigação, suspeitamos que há mais vítimas, e algumas dessas vítimas podem não saber o que aconteceu”.
“Estamos investigando padrões de atividade e temos evidências de que há outras vítimas”.
A primeira vítima conhecida de Weng, identificada como Jane Doe 1, foi um amigo de infância que viajou com ele para San Diego em dezembro de 2021.
Os promotores alegam que ele adicionou benzodiazepínicos à bebida dela e depois injetou midazolam nela antes de amarrá-la e estuprá-la.
De acordo com a moção, as fotos pareciam mostrá-la “deitada inconsciente com um aparelho dentário de plástico na boca que expunha suas gengivas e dentes”.
Sua segunda suposta vítima, Jane Doe 2, era uma amiga visitante da China, e sua terceira, Jane Doe 3, era colega de classe em seu programa de doutorado.
Todos os três teriam sido drogados, agredidos e fotografados enquanto estavam inconscientes.
Durante uma busca na casa de Weng, a polícia encontrou fotos Polaroid e digitais das vítimas, tiras de couro, seringas, tubos vermelhos e equipamentos odontológicos.
Os investigadores também apreenderam uma garrafa de líquido com resultado positivo para midazolam, bem como várias câmeras pinhole e cobra “que se acredita conterem imagens e/ou vídeos adicionais de drogas e abuso sexual de mulheres pelo réu”.
As autoridades dizem que Weng comprou os sedativos de um fornecedor na Alemanha.
Ele teria dito a outro preso em sua cela grampeada que retornaria à China se fosse libertado sob fiança, o que levantou preocupações entre os investigadores porque a China não tem um tratado de extradição com os Estados Unidos.
Weng, que foi coautor de mais de duas dezenas de artigos científicos e trabalhou no laboratório de um proeminente professor de engenharia da USC, foi acusado de violação, sodomia e penetração sexual através do uso de substância controlada ou anestesia.
Ele se declarou inocente.
Um juiz negou fiança e marcou sua próxima audiência para 14 de janeiro.
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Se for condenado, Weng poderá pegar prisão perpétua.
A USC disse em comunicado que está “cooperando totalmente” com a polícia e que o estudante “já foi suspenso do campus enquanto se aguarda a resolução do processo criminal”.
