Autoridades em Michoacan, México, relataram o assassinato de Bernardo Bravo, um líder produtor de limão
CIDADE DO MÉXICO — CIDADE DO MÉXICO (AP) – Um líder dos produtores de limão no violento estado de Michoacan, no oeste do México, foi morto na segunda-feira, disseram as autoridades, depois de denunciar repetidamente as exigências de extorsão do crime organizado aos produtores nos últimos meses.
A Procuradoria do Estado de Michoacán informou segunda-feira na plataforma social X que o corpo de Bernardo Bravo, presidente da Associação de Produtores de Cítricos do Vale de Apatzingan, foi encontrado em seu veículo em uma estrada da região.
Em diversas entrevistas à emissora mexicana Radio Formula no final de setembro e início deste mês, Bravo denunciou “a tomada comercial permanente de qualquer atividade comercial pelo crime organizado”. Ele disse que as exigências dos criminosos tornaram-se inatingíveis para os produtores, que não tiveram outra escolha senão negociar com eles.
Ele reconheceu que o governo federal fez alguns progressos contra o crime organizado na região, mas disse que é preciso fazer mais para acabar com a sua impunidade.
No ano passado, o governo federal enviou centenas de soldados a Michoacan para proteger os produtores de limão que se queixaram de ameaças de extorsão.
Em Agosto, mais de metade dos armazéns de embalagem de cal nas terras baixas de Michoacán foram temporariamente fechados depois de produtores e comerciantes terem afirmado ter recebido exigências da Los Viagras e de outros cartéis para reduzirem os seus rendimentos.
O limão tem sido uma fonte de renda para cartéis no México há anos.
Em 2013, os agricultores de limão fundaram e lideraram o maior movimento de vigilantes do México. Os cartéis tinham assumido o controlo da distribuição na altura, manipulando os preços internos de culturas como abacates e limas e dizendo aos produtores quando colher e a que preço poderiam vender as suas colheitas.
Dos vários grupos criminosos que operam em Michoacan, vários foram declarados organizações terroristas estrangeiras pela administração Trump, incluindo os Cartéis Unidos, a Nova Família de Michoacan e o Cartel da Nova Geração de Jalisco.




